http://www.revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/521/353
Apontamentos sobre uma Metodologia de Folkcomunicação:
Uma análise da literatura de cordel como produção de notícia
na obra de Téo Azevedo (1)
Sebastião Breguez (2)
RESUMO:
O autor analisa as novas formas de ver a Folkcomunicação através de novas
metodologias através de estudo da Literatura de Cordel como manifestação
comunicacional das classes populares e, desta forma, como jornalismo popular,
com a produção de notícias. E ainda com direito a produção da Edição Extra ou
Edição Extraordinária sempre que os fatos e acontecimentos forem de grande
repercussão social. Vamos enfocar o estudo na obra do repentista e cantador
popular mineiro Téo Azevedo, mineiro do Norte de Minas – uma das regiões mais pobres
do Estado, que adquiriu celebridade nacional pelo volume de cordel publicado e
também pela sua obra de repentista. Atualmente, ele mora em São Paulo e
participa da programação cultural de Tvs e shows por todo o Brasil e também
pelo exterior.
Palavras-chave: Metodologia, Folkcomunicação, cordel.
Uma
Breve Introdução
A análise dos processos comunicacionais das
classes populares foi iniciada pelo pernambucano Luiz Beltrão em meados da
década de 1960 quando ele cunhou a expressão Folkcomunicação como estudo dos
agentes e dos meios populares de informação de fatos e expressão de ideias. A
partir daí se visualizou que na nossa sociedade existem classes sociais com
processos comunicacionais diferenciados. A classe dominante, por exemplo, tem à
sua disposição todo um aparato tecnológico de comunicação, que chamamos
indústria cultural, com a produção de jornais, revistas, livros, discos, CDs,
filmes etc.
Mas as classes populares
também se comunicam e utilizam tudo o que podem para expressar suas ideias,
sentimentos, modos de pensar, sentir e agir. Assim, a produção da notícia como
fator de informação não é um fenômeno da elite: as classes populares também
produzem e difundem a notícia com o seu próprio sistema de comunicação
impressa. A Literatura de Cordel, assim, é jornalismo popular, é produção de
notícia popular impressa que atinge um universo bem grande de pessoas no
Nordeste brasileiro, mas também em regiões onde esses meios cresceram e se
desenvolveram.
Hoje, com a evolução da Rede
Folkcom e a organização de congressos nacionais em universidades brasileiras,
dezenas de estudos e pesquisas tem mostrado a influência e a importância da
comunicação popular e difusão da informação. O objetivo deste artigo é analisar
esta forma de comunicação e de produção de notícia na obra de Téo Azevedo.
1 –
O nosso objetivo, neste
artigo, é resgatar o vigor criativo da literatura de cordel do Norte de Minas
na vida e obra do cantador e repentista Téo Azevedo que tive a oportunidade de
apresentar ao público mineiro já nos idos de 1978. Ele é um dos últimos, talvez
o último, elemento vivo do cordel mineiro, que se manifesta com toda pujança e
força de expressão e manifestação comunicacional e artística. Téo tem hoje uma
presença especial na vida artística brasileira, ostentando uma obra composta
por 1500 músicas gravadas por diversos interpretes, uma centena de livretos de
cordel publicados, uma dezena de discos editados e também de CDs. Participa,
como representante de Minas Gerais, de todos os principais festivais que
acontecem no Brasil, de Norte a Sul, e, principalmente, em São Paulo, cidade cosmopolita
onde toda a expressividade da cultura brasileira tem seu ponto de apoio.
O cordel, que é originário de
Portugal, teve muita influência cultural no Nordeste brasileiro, mas teve
ramificações em Minas Gerais, principalmente, no Norte de Minas, onde é forte a
influência nordestina. Há um preconceito em associar-se o cordel como forma de
expressão cultural genuinamente do Nordeste brasileiro. Mas o processo de
migração do povo brasileiro, trouxe uma grande população para a região Norte e
Nordeste de Minas Gerais. Ali as áridas condições do clima e da vegetação, além
da pobreza generalizada, reproduziram os tipos humanos que se traduzem em
expressões artísticas e se utilizam do cordel como forma de comunicar e
manifestar ao mundo suas diversas formas de pensar, sentir e agir.
Minas Gerais é estado
diversificado em manifestações culturais, pois recebeu influência de vários
povos e etnias que migraram para cá. Assim, não é exagero dizer-se que o Norte
de Minas se constitui num grande foco de manifestação do folclore brasileiro
por ser a região mais privilegiada em quantidade e diversidade de influências
culturais, além de variados tipos e agentes de cultura. Numa comparação de
tipos mineiros diferenciados por critérios de falar, do comer, do divertir, teríamos
três grupos bem identificáveis:
1) O mineiro da região de Juiz de Fora, vivendo em
função do Rio de Janeiro;
2)O mineiro do Sul de Minas, vivendo em função de São Paulo;
3) O mineiro do Norte de minas, integrado ao
chamado Nordeste, pois é ai que o Nordeste começa como clima e como
característica cultural.
O
Nordeste de Minas, além de ser o início do Nordeste era o antigo caminho da
estrada Baiana na época em que as imigrações eram feitas em animais de
montarias.Assim, a região recebia influência do Sul, como por exemplo, o
Folguedo Goiano que descende da Catira e que hoje está presente em algumas
localidades da região.
Téo
Azevedo, poeta e violeiro, nasceu em 2 de julho de 1943, em Alto Belo, distrito
de Bocaiúva, no Norte de Minas Gerais, entre os vales dos rios Verde,
Jequitinhonha e São Francisco. Filho do poeta e cantador Teófilo Isidoro de
Azevedo (1905-1951), também famoso contador mineiro, herdou do pai a vocação
para a poesia popular. Seu pai, que virou figura legendária na região,
figurando em poema de Carlos Drummond de Andrade, era alegre folião de reis,
aboiador, repentista, pequeno comerciante, tropeiro e ferreiro do local. Téo,
assim, herdou do pai o gosto pelas coisas do povo e mais do que isto o domínio
das técnicas poéticas e musicais. Estas mesmas técnicas que, passam de pai a
filho, de geração a geração, pela tradição, proximidade e oralidade, que são os
processos naturais de preservação e expansão da cultura popular.
O
cordelista mineiro, além do pai, não teve muitos professores da escola oficial. Frequentou pouco os bancos escolares, o suficiente apenas para concluir apenas
o primeiro ano do Curso Primário. Aprendeu a ler e escrever, segundo conta,
olhando as placas comerciais e folheando gibis e jornais. Com a morte do pai,
teve que começar a trabalhar bem cedo para sobreviver. Já aos oito anos de
idade ganhava a vida como engraxate, lavando carros, carregando malas e
vendendo frutas.
Sua
vida mudou, quando conheceu um camelo pernambucano, de nome Antonio Salvino,
que vendia remédios pelas feiras e praças populares. Começou a trabalhar com
ele e sua função era abrir rodas em praças públicas, chamando a atenção do povo
com uma cobra jibóia enroscada no pescoço e cantando calango (uma das formas de
repente em Minas Gerais). A partir daí nunca mais parou de cantar e a cantoria
passou a ser sua forma de sobrevivência. Gravou o primeiro disco em 1965 no
estúdio Discobel, do técnico Lourinho, da Rádio Itatiaia.
O
disco trazia uma música folclórica conhecida no Norte de Minas, Deus te Salve
Casa Santa (Cálix Bento), que ganhou nova melodia e o acréscimo de três
estrofes de sua autoria. Nesta época, Téo começou a fazer abertura de shows em
circos e praças públicas com o repentista mineiro Caxangá e os cantores Vicente
Lima e Zé Brasil. Compôs várias músicas e em 1968 foi escolhido pelo jornal O
Debate como ‘O melhor compositor mineiro do Ano’. Mas foi em São Paulo, onde
Téo passou a morar a partir de 1969, que sua vida artística tomou outro rumo.
Conheceu
vários repentistas como Guaiatã de Coqueiros, o então Alceu Valença, Antônio
Deodato, Maxado Nordestino, 4 Sebastião Marinho, Coriolano Sérgio e ficou
conhecido no meio dos cantadores populares. Em 1978, lança o LP Brasil, Terra
da Gente, quando ficou conhecido em Minas Gerais através dos jornalistas Carlos
Felipe e Sebastião Breguez, através do jornal ESTADO DE MINAS.
Com o
lançamento do livro LITERATURA POPULAR DO NORTE DE MINAS (SP, Editora Global,
1978) iniciou sua vida literária. Publicou também CULTURA POPULAR DO NORTE DE
MINAS (Top Livros), PLANTAS MEDICINAIS E BENZEDURAS (Top Livros), A FOLIA DE
REIS DO NORTE DE MINAS (Sesc-MG), ABECEDÁRIO MATUTO (Ed. Global), REPENTE
FOLCLORE (Sesc-MG), TIOFO, O CANTADOR DE UM BRAÇO SÓ (Ed. Global), DICIONÁRIO
CATRUMANO -Glossário de Locuções Regionais (Ed. Letras & Letras), AS ERVAS
QUE CURAM (Motivo Cultural), entre outros. Entre os discos que editou estão:
Grito Selvagem (Independente, 1974), Brasil, Terra da Gente (Copacabana, 1979),
O Canto do Cerrado (WEA, 1980), Cantador Violeiro (Copacabana, 1987), Cultura
Popular (Independente, 1993), Tio e Sobrinha (Copacabana, 1995), Téo Azevedo, o
cantador de Alto Belo (Pequizeiro-Eldorado), Solos de Viola em Dose Dupla
(Pequizeiro-Eldorado), Ternos de Folia de Reis de Alto Belo, Folia de São José
do Alto Belo (PequizeiroEldorado, 1999), Forró Calango & Blues
(Pequizeiro-Eldorado, 2000). Gravou dezenas de discos de 78 rotações e
compactos.
É
criador do selo Pequizeiro Produções Artísticas, desde 1998. As músicas de sua
autoria têm tido inúmeros intérpretes em todo o Brasil. Pode-se citar, entre
eles, Luiz Gonzaga, Sérgio Reis, Clemilda, Tião Carreiro, Zé Ramalho, Banda
Cacau com Leite, Tonico e Tinoco, Cascatinha e Inhana, Zé Côco do Riachão, Caju
e Castanha, Milionário e José Rico, Banda de Pífanos de Caruaru, Cristina e
Ralf, pimentinha, Fatael, Genival Lacerda, Valdo e Vael, Jackson Antunes,
Domingos, Fernanda Azevedo, Danilo Brito, Ruth Eli e Jair Rodrigues.
Também
no exterior, ele tem músicas gravadas com intérpretes como o saxofonista inglês
Bobby Keys da banda Rolling Stones e com o gaitista de blues norte-americano
Charlie Musselwhite. Ainda fez apresentações musicais em Portugal, em várias
cidades, sendo o único cordelista a participar de eventos culturais em terras
lusitanas. A repercussão da obra de Téo Azevedo tem sido analisada por vários
estudiosos de cordel no Brasil e exterior. Nos EUA, o especialista J. Mack
Curran, da Universidade do Arizona, fez alusão à sua obra em estudo sobre o
cordel brasileiro.
O
holandês Joseph Luyten, quando estava na Universidade de Osaka (Japão), também
fez referência ao trabalho de Téo. Ainda na França, o especialista Raymond
Cantel, da Sorbonne, também incluiu sua obra na coleção que organizou sobre a
literatura de cordel brasileira. Enfim, a obra de Téo Azevedo é de resgate da
cultura popular mineira, principalmente, a do Norte de Minas. Ele produziu,
gravou, cantou todas as modalidades do cordel mineiro. Entre os quais se
destacam o calango, o coco de viola, o lundu, o guaiano, a chula campeira e o
repente.
2 –
Ao analisarmos
o funcionamento da sociedade capitalista, numa observação de superfície,
notaremos que as classes dominantes, que detém o controle dos meios de
produção, veiculam os seus interesses e aspirações nas artes, nas ciências, na
administração do Estado. Às camadas populares, só resta um meio de participação
social: o folclore. É através do folclore que elas organizam uma consciência
comum preservam experiências, encontram educação, recreio e estímulo, e dão
expansão aos seus pendores artísticos. Afinal, fazem presente à sociedade
oficial as suas aspirações e expectativas da realidade que as envolve.
Como
disse com muita propriedade Antônio Gramsci, o folclore até hoje só foi
estudado como elemento pitoresco e coletado como material de erudição. A
ciência do folclore consistiu apenas nos estudos a respeito do método de
coleta, seleção e classificação deste material. “Dever-se-ia estudá-lo, pelo
contrário, como sociedade em contraposição (também no mais das vezes implícita,
mecânica, objetiva) com as concepções elaboradas, sistemáticas e politicamente
elaboradas e centralizadas em seu (ainda contraditório) desenvolvimento
histórico”.
Uma
dessas formas de que o povo se utiliza para apresentar suas ideias, fazer suas
críticas à sociedade oficial é a literatura de cordel. Ou seja, através das
diversas formas que compõem a literatura popular (em que a inventiva do povo
não é limitada por seu grau de alfabetização) como na arte de jogar versos. De
todas as variantes do Brasil, esta é uma forma que existe somente em Minas
Gerais. No Norte de Minas, para ser mais preciso.
Através
do poeta popular Téo Azevedo esta forma-arte de jogar versos - tem sido
divulgada pelo Brasil afora, de Norte a Sul. Sua origem ainda não foi
definitivamente esclarecida, mas tudo indica que é oriunda de Portugal e foi
trazida pelos colonizadores. O próprio Téo Azevedo faz esta afirmação. Segundo
ele, a origem portuguesa vem da música Caninha Verde, originada da região do
Minho (Portugal). É um canto e dança com refrão, onde as pessoas vão improvisando
versos ou cantando versos demorados, usando sempre o tema de refrão, trazido para
o Brasil pelos iberos.
De
maneira geral, tem–se aceitado a origem lusitana de nossa literatura de cordel.
O próprio Teófilo Braga (1895) foi testemunho de que o nosso cordel se
assemelhava com as “folhas volantes” portuguesas. Manuel Diegues Jr., por sua
vez divide a Literatura de Cordel em três grandes vertentes ou grupos:
• Temas tradicionais (romances e novelas,
contos maravilhosos, estória de animais, anti-heróis e tradição religiosa);
•
Fatos circunstâncias ou acontecidos (manifestação de natureza física, fatos de
repercussão social, cidade e vida urbana, crítica e sátira, o elemento humano:
Getúlio Vargas, Tancredo Neves, Juscelino, fanatismo e misticismo como Antônio
Conselheiro e Padre Cícero, cangacerismo com Antônio Silvino e Lampião, tipos
técnicos e tipos regionais);
•
Cantorias e pelejas (os desafios).
O que
caracteriza a poesia popular do Norte de Minas Gerais são as cantorias e
pelejas. São feitos e cantados por elemento do povo, os verdadeiros repórteres
populares que, sem uma formação erudita, burguesa, oficial, sabem transmitir
para o seu grupo social os acontecimentos de ordem política, econômica ou mesmo
social. Os acontecimentos são narrados em Quadras, Sextilhas e várias outras
modalidades.
3 –
Com
base na obra de Téo Azevedo podemos classificar a poesia popular do Norte de
Minas Gerais nas seguintes categorias:
• Quadrinhas
– Cada estrofe é formada de quatro versos de sete a nove sílabas, sendo que a
segunda rima com a quarta. No Norte de Minas, o cantador não é obrigado a usar
rima da última palavra do verso anterior.
• Sextilha
– Cada estrofe tem seis versos, sendo que cada verso tem de 7 a 9 sílabas.
A segunda rima com a quarta e a sexta; as demais são livres.
• Septilha
– Cada estrofe tem sete versos, e cada verso sete a nove sílabas. A segunda
rima com a quarta, a quinta com a sexta e a sétima com a quarta. As outras são
livres.
• Martelo
Mineiro – Cada estrofe é formada de seis versos. Estes têm de 10 a 12
sílabas. A segunda rima com a quarta e a sexta. As restantes são livres. Este
nome foi denominado por Téo Azevedo, por ter características que o distinguem
do martelo nordestino. Este utiliza mais as estrofes formadas de dez sílabas,
as chamadas décimas.
• Sétima
de Quelé – Cada estrofe tem sete versos e cada verso de 7 a 9 sílabas. A
primeira rima com a segunda, a terceira com a quarta, a quinta com a sexta e a
sétima com a quarta. Modalidade também criada por Téo Azevedo em homenagem à
sua mãe.
• Quadrão
Mineiro – São estrofes de oito versos, sendo cada de 7 a 9 sílabas. A
primeira, a segunda e a terceira rimam entre si, a quarta com quinta,
terminando com qualquer palavra que tenha o final eiro. Por outro lado, a sexta rima com a sétima e a oitava,
terminando ao cantar quadrão mineiro.
• Calango
– É uma das mais populares danças de Minas Gerais. São formadas de canto e
baile que se realizam isolada ou conjuntamente. A dança é um ritmo quaternário,
dois por quatro, parenlaçado e sem complicações coreográficas, repetindo os
passos do samba urbano. A música é que se repete na característica do refrão
típico.
• Trocadilho
em linha de letra – É uma estrofe com métrica livre, com todas as palavras iniciando
com a primeira letra sempre igual. Exemplo: Passando perto poço, Pedi para
Pedro Pra papai passear, Pedro permitiu papai, Paguei Pedro parente, Permitiu papai passear.
• Aboio
do Norte de Minas – É o canto improvisado do vaqueiro, sem palavras,
marcado exclusivamente por vogais, entoado ao conduzir o gado. O aboio é,
então, de livre improvisação. O canto dos vaqueiros, apaziguando o rebanho,
levado para as pastagens ou para o curral, é de efeito maravilhoso e fruto da
sabedoria popular em todas as regiões pastoris. O cronista português Antonil
(João Antonio Andreoni, 1650-1716) afirmou, “Guiam-se as boiadas, indo uns
tangeadores diante, cantando, para serem desta sorte seguidos de gado’.
Segundo
Téo Azevedo, o aboio é dividido em três partes:
• Toada de Aboio – É a
música improvisada ou decorada, e que ao seu final, faz-se o aboio original e
sem letras, feitos de imprevisão com melodia só de sussurros.
• Canto
de aboio ou aboio de improviso – São pequenos sussurros de aboio original
vindo a seguir os versos que podem ser em Quadras ou Sextilhas, decorados ou
improvisados e depois com mais sussurros feitos por um ou mais cantadores. A
segunda rima com a quarta, e esta com a sexta.
• O
improviso de melodia sem letra musical – Esta é, sem dúvida, a parte mais
bonita do Aboio, onde um vaqueiro, numa melodia dolente e chorada vai
improvisando o canto, levando, assim, toda a boiada. Este é o aboio autêntico e
original que somente podemos ver nos campos e não nas festas e shows de
repentismo.
NOTAS
1. Artigo originalmente apresentado no Núcleo de Pesquisa em
Folkcomunicação no Congresso da Intercom/2005.
2. Professor-doutor, pesquisador e membro fundador da Rede Folkcom.
E-mail:
breguez@hotmail.com