Boletim Nº 28 Série eletrônica Setembro-Outubro, 1999 |
terça-feira, 25 de abril de 2017
Comunicação, Folclore e Globalização
BARRIGADAS DO JORNALISMO
JORNAL DA
FLIP-ONG INTERNACIONAL DE JORNALISTAS - JAN-FEV 2005
Jornalista
e Professor
Escrever
é função principal do jornalismo profissional. Principalmente escrever bem. O que
significa ter zelo pela gramática, pela ortografia e, sobretudo, saber usar
palavras e expressões que tenham sentido e possam comunicar sem deixar dúvidas.
Depois de passar quatro anos em Curso de Jornalismo em uma faculdade, muitos
focas, iniciantes na profissão, cometem gafes imperdoáveis.
Mesmo com os
MANUAIS DE REDAÇÃO dos jornais, que gastam páginas e páginas com recomendações
aos seus profissionais. No final, a súplica: "Tenham pena do leitor.
Releiam os textos." No entanto, muitos profissionais não ligam para isso.
Na pressa, soltam a matéria sem revisão. Resultado: os jornais estão cheinhos
de "pérolas". Os leitores atentos, anotam-nas. Vejam só algumas
delas. Divirtam-se ou chorem!
"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério
para a satisfação dos habitantes." (Eles, os mortos, deviam estar
com muita sede, coitados...)
"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de
câncer a cada ano." (Viva a ressurreição!)
"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem
intensamente." (Não pagaram os direitos do El Niño. Olha no que deu...)
"Os sete artistas compõem um trio de talento." (Alguém
aí tem uma calculadora?)
"A vítima foi estrangulada a golpes de facão." (Que horror...)
"No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam
como loucos." (É mesmo?! Que coisa impressionante!!!)
"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva."
(Que azar, coitada!)
"O aumento do desemprego foi de 0% em novembro." (Onde vamos parar
desse jeito?)
"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."
(Quanta confusão!)
"Parece que ela foi morta pelo seu assassino." (Como
conseguiram desvendar o mistério?)
"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço." (É,
todo mundo já sabia que eram defeituosas...)
"O acidente foi no tristemente célebre Retângulo das
Bermudas." (Não era Triângulo das Bermudas?)
"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de
um incêndio." (Achei que fosse uma churrascada!)
"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se
suicidou." (A volta dos mortos-vivos)
"À chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente
imóvel." (Viu como ele é disciplinado?)
sábado, 22 de abril de 2017
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS FRANÇA 2017
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA FRANÇA 2017
Um duro embate entre a direita e o centro, deixa claro que os franceses não aprovaram muito o governo socialista de François Hollande que não conseguiu acabar com o desemprego e o terrorismo. A décima-primeira eleição presidencial da Quinta República Francesa em 2017 será realizada no primeiro turno em 23 de abril e a 7 de maio em um eventual segundo turno. O presidente eleito recebe um mandato de cinco anos, sucedendo François Hollande.
Um duro embate entre a direita e o centro, deixa claro que os franceses não aprovaram muito o governo socialista de François Hollande que não conseguiu acabar com o desemprego e o terrorismo. A décima-primeira eleição presidencial da Quinta República Francesa em 2017 será realizada no primeiro turno em 23 de abril e a 7 de maio em um eventual segundo turno. O presidente eleito recebe um mandato de cinco anos, sucedendo François Hollande.
Marine le Pen, da extrema direita e Emmanuel Macron, centrista
Neste domingo, amanhã, dia 23 de abril, 47 milhões de eleitores franceses vão às urnas para o primeiro turno das eleições presidenciais, dois dias após um ataque extremista em Paris - o terceiro neste ano. Uma eleição marcada pela incerteza de boa parte do eleitorado francês em função da crise econômica, o desemprego, a questão das migrações e o aumento do terrorismo. É a décima-primeira eleição presidencial da Quinta República Francesa. O primeiro turno acontece em 23 de abril e um eventual segundo turno será em 7 de maio. O presidente eleito recebe um mandato de cinco anos, sucedendo François Hollande. Estas eleições serão cruciais para o futuro da UE-união Européia.
Os dois candidatos favoritos são: o centrista Macron lidera com 24% e Marine Le Pen, de ultra-direita, tem 22% das intenções de voto. Pesquisa mostra que 31% ainda estão indecisos. Com o último atendado terrorista, pode ser que os 31% de eleitores indecisos caminhem para voto à direita. Às vésperas da eleição, radicais da esquerda e da direita somam quase metade das intenções de voto ma França.
A última pesquisa divulgada na sexta-feira dia 21 último, destaca o alto nível de indecisão entre os eleitores que afirmam estar seguros de comparecer às urnas, 31% dos quais asseguram que ainda podem mudar de candidato.
Os mais convencidos a esse respeito são os eleitores da candidata da Frente Nacional (FN), que se declaram 85% seguros de votar nela, seguidos pelos eleitores potenciais de Fillon (83%), os de Macron (73%) e os de Mélenchon (67%).
Somente 51% dos que declaram sua intenção de votar em Hamon consideram sua decisão definitiva, uma queda de dez pontos em relação à pesquisa anterior elaborada pela Ipsos.
A pesquisa estima a participação de 73%, a mais baixa durante o primeiro turno das eleições presidenciais desde as realizadas em 2002.
Não está claro se o ataque influenciará a votação. Para a maioria de jornalistas políticos franceses, seria fácil presumir que a candidata da extrema-direta Marine Le Pen poderia se beneficiar nas urnas, já que os principais temas de sua campanha eram segurança, imigração e fundamentalismo islâmico.
Mas os jornalistas opinam que os eleitores mais preocupados com a segurança poderiam tender a votar no experiente político conservador e ex-primeiro-ministro François Fillon.
Até agora, a corrida está bastante apertada. Quatro dos onze candidatos aparecem quase que empatados no topo das pesquisas de intenção de votos: François Fillion, Marine Le Pen, o candidato de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, e o centrista Emmanuel Macron.
A maioria dos afirmam que Macron e Mélenchon podem perder votos por não serem vistos como pesos-pesados nas áreas de política de segurança e imigração.
terça-feira, 18 de abril de 2017
AS
MARCHINHAS DE CARNAVAL COMO EXPRESSÃO FOLKCOMUNICACIONAL
Prof. Dr. Sebastião
Breguez
Folkcomunicação é uma teoria criada, na década de 1960, pelo
pernambucano Luiz Beltrão, criador das Ciências da Comunicação, no Brasil, para
designar os estudos dos processos comunicacionais populares nas sociedades em
processo de desenvolvimento. Ela engloba duas ciências, a Comunicação e a
Antropologia. Ela estuda como se dá esta comunicação entre o popular, o erudito
e a comunicação de massa. Na verdade, a Folkcomunicação é a primeira teoria
brasileira da Comunicação que mostra que os processos reais (verdadeiros) da
comunicação popular no Brasil não se articulam na Mídia (jornal, revista, rádio,
TV). As marchinhas de Carnaval são verdadeiras pérolas do processo
folkcomunicacional do povo brasileiro. Elas representam a crítica social e o
protesto popular contra o sistema político-econômico vigente no País. Criticam
as instituições e personagens do mundo político, econômico, esportivo, enfim,
da vida pública nacional. Nada escapa ao julgamento popular na forma de
deboche, riso, brincadeira e sátira.
Marchinha de
Carnaval é um gênero de música popular que predomina no carnaval brasileiro desde
o final do século XIX. A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha
Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro.
Elas fazem parte fundamental do carnaval brasileiro. Elas fazem parte do
jeitinho brasileiro de comunicação e expressão que denominados Folkcomunicação.
Ali está presente a crítica social e política, informalidade, a criatividade, a
malícia, a gozação, a sensualidade, a safadeza e irreverencia que são traços
característicos da comunicação popular. Na marchinha a crítica social é
exercida de maneira clara e ostensiva.
O Carnaval, festa do riso e do
deboche, é época em que as pessoas ampliam sua capacidade de comunicação e
expressão para interagir o máximo nos três dias de folia. Mudam-se as
identidades e papéis sociais da vida cotidiana. O povo debocha e ri de tudo. Fantasia
a realidade do dia-a-dia. Mostra que o jeitinho brasileiro de comunicar é muito
criativo e cheio de riqueza ímpar na imaginação popular. Através das
marchinhas populares, é o momento em que o povo exerce a sua função de Juiz, e
julga e faz sua crítica social à sua maneira bem peculiar. Sempre há um
personagem impopular para ser julgado.
Nos dois últimos carnavais (2016-17), o deboche e a
crítica social se concentrou na classe política. Esta marca se manifesta nas
músicas de Carnaval ou sambas enredo ou marchinhas carnavalescas. O deboche e a
crítica social deste ano se concentrou nos políticos. Lula (PT) ganhou uma
marchinha este ano – Papa Luís 51. No ano passado teve marchinha do Aécio Neves
(PSDB) com o Helicoca. Vejamos o cardápio de 2016: “Como Dilma soca soca”,
“Alcunha”, “Prefeito libera o cooler”, “Adeus em ritmo de lavajato”, “Continha
na Suiça”, “Eles tão metendo a mão”, “Marchinha do Pixuleco”, “O japonês da
Federal”, “Quem tem Cunha tem medo”, “Mandioca pra presidenta” e outras. Isto é
o espírito típico do jeitinho brasileiro de comunicar, que se baseia no riso,
no deboche, na crítica social, uso de imaginação e fantasia sem limite.
Em 2016, por exemplo, Eduardo Cunha foi um dos mais presentes nas máscaras e nos bonecos de Judas. Este ano a figura de Michel Temer lidera as manifestações. Mas tem outros e muitos. Basta acompanhar a divulgação das listas de Fachin, Janot ou da planilha da Oderbrecht. Os jornais mostram no noticiário a bandidagem que aparece, com lugar para presidentes, governadores, senadores, deputados, dirigentes de estatais, empresários poderosos e tantos e tantos outros. Provavelmente na História do Brasil nunca tenha existido uma quantidade tão grande de celebridades impopulares à disponibilidade para a execração popular.
Em 2017, o tom das marchinhas
de carnaval focou Temer, Dória e Lava Jato. Políticos mais uma vez não escapam
das canetas afiadas dos compositores da folia. Por sua aparência, Temer é
personagem da marchinha “Presidento Transilvânia”, que se mudou para “uma
capital onde o terreno é fértil para o mal”. O tema é iniciado com a marcha
fúnebre e a letra diz que ele buscou no cemitério os integrantes de seu
ministério. Na marchinha, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é colocada como
“vítima inocente”. “Difícil não temer, o terror está no ar”, “vai buscar alho”,
recomenda.
Se formos ver os sambas enredo do passado, encontramos muitas marchinhas que se adaptam à realidade social brasileira. Vejamos, por exemplo: “Máscara Negra” ( Tanto riso, tanto alegria, mais de mil palhaços no salão)não ficaria bem na voz do povo brasileiro. E os milhares áulicos sempre elogiando e enredando os poderosos não poderiam cantar em uníssono, o “Cordão dos Puxa Sacos” ( dando vivas aos seus maiorais. A “Aurora” (Se você fosse sincera) teria na presidente uma intérprete maravilhosa enquanto a turma que está nas tetas do governo estaria muito bem representada no “Mamãe, eu quero “ (Mamãe, eu quero mamar, me da a chupeta) num autêntico “mamanoduto”. Os trabalhadores, estes, coitados, teriam que cantar o “Falta um zero no meu ordenado” ( Trabalho como um louco, mas ganho muito pouco, por isso eu vivo sempre atrapalhado).
A turma da Lava Jato,o ex-presidente Lula e outros possuem a sua marchinha-hino, ´”A água lava tudo”( A água lava lava tudo, a água só na lava a língua desta gente”.. Será que a “Máscara da Face” (...deixou cair a máscara da face)não caberia bem na voz do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral”. Claro que os mensaleiros e e os engajados nas propinas da Petrobrás também poderiam cantar o velha “Me dá um dinheiro aí” ( ...não vai dar, não vai dar, você vai ver a grande confusão) E põe confusão nisso, quase acabaram com a Petrobrás”. Ainda para Dilma e sobrando mais ainda para Eduardo Cunha a eterna “Daqui não saio “ ( ...daqui ninguém me tira...)
Para os “delatores” a eterna “Se a lua contasse” ( Se a lua contasse tudo que vê de mim e de você muito teria o que contar). O presidente do Senado, Renan Calheiros cantaria bem o “Nega Maluca” (Tava jogando sinuca, uma nega maluca me apareceu, trazendo um filho no colo, dizendo que o filho era meu) enquanto o ex-presidente Lula seria um bom intérprete para “Laranja Madura” (Você diz que me dá cama e comida, boa vida e dinheiro prá gastar. O que que há, tanta maldade faz até desconficar). Senadores e deputados citados ou por citar na Lava Jato poderiam formar um coro e cantar a “Fica quem Pode” (Quero ver quem fica, quero ver quem sai, quero ver quem fica, quero ver quem cai). Ainda tem outras e a lista poderia ter sido maior.
Se formos ver os sambas enredo do passado, encontramos muitas marchinhas que se adaptam à realidade social brasileira. Vejamos, por exemplo: “Máscara Negra” ( Tanto riso, tanto alegria, mais de mil palhaços no salão)não ficaria bem na voz do povo brasileiro. E os milhares áulicos sempre elogiando e enredando os poderosos não poderiam cantar em uníssono, o “Cordão dos Puxa Sacos” ( dando vivas aos seus maiorais. A “Aurora” (Se você fosse sincera) teria na presidente uma intérprete maravilhosa enquanto a turma que está nas tetas do governo estaria muito bem representada no “Mamãe, eu quero “ (Mamãe, eu quero mamar, me da a chupeta) num autêntico “mamanoduto”. Os trabalhadores, estes, coitados, teriam que cantar o “Falta um zero no meu ordenado” ( Trabalho como um louco, mas ganho muito pouco, por isso eu vivo sempre atrapalhado).
A turma da Lava Jato,o ex-presidente Lula e outros possuem a sua marchinha-hino, ´”A água lava tudo”( A água lava lava tudo, a água só na lava a língua desta gente”.. Será que a “Máscara da Face” (...deixou cair a máscara da face)não caberia bem na voz do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral”. Claro que os mensaleiros e e os engajados nas propinas da Petrobrás também poderiam cantar o velha “Me dá um dinheiro aí” ( ...não vai dar, não vai dar, você vai ver a grande confusão) E põe confusão nisso, quase acabaram com a Petrobrás”. Ainda para Dilma e sobrando mais ainda para Eduardo Cunha a eterna “Daqui não saio “ ( ...daqui ninguém me tira...)
Para os “delatores” a eterna “Se a lua contasse” ( Se a lua contasse tudo que vê de mim e de você muito teria o que contar). O presidente do Senado, Renan Calheiros cantaria bem o “Nega Maluca” (Tava jogando sinuca, uma nega maluca me apareceu, trazendo um filho no colo, dizendo que o filho era meu) enquanto o ex-presidente Lula seria um bom intérprete para “Laranja Madura” (Você diz que me dá cama e comida, boa vida e dinheiro prá gastar. O que que há, tanta maldade faz até desconficar). Senadores e deputados citados ou por citar na Lava Jato poderiam formar um coro e cantar a “Fica quem Pode” (Quero ver quem fica, quero ver quem sai, quero ver quem fica, quero ver quem cai). Ainda tem outras e a lista poderia ter sido maior.
FOLKCOMUNICAÇÃO POLITICA DO CARNAVAL 2016
http://www.olindahoje.com.br/2016/02/11/folkcomunicacao-politica-no-carnaval-2016/
FOLKCOMUNICAÇÃO POLÍTICA NO CARNAVAL 2016
Sebastião Breguez – Jornalista. Doutor em Comunicação
O Carnaval, festa do riso e do deboche, é época em que as pessoas ampliam sua capacidade de comunicação e expressão para interagir o máximo nos três dias de folia. Mudam-se as identidades e papéis sociais da vida cotidiana. O povo debocha e ri de tudo. Fantasia a realidade do dia-a-dia. Mostra que o jeitinho brasileiro de comunicar é muito criativo e cheio de riqueza ímpar na imaginação popular.
No Carnaval 2016 o deboche e a crítica social se concentrou na classe política. Esta marca se manifesta nas músicas de Carnaval ou sambas enredo ou marchinhas carnavalescas. O deboche e a critica social deste ano se concentrou nos políticos. Lula (PT) ganhou uma marchinha este ano – Papa Luís 51.
No ano passado teve marchinha do Aécio Neves (PSDB) com o Helicoca. Vejamos o cardápio de 2016: “Como Dilma soca soca”, “Alcunha”, “Prefeito libera o cooler”, “Adeus em ritmo de lavajato”, “Continha na Suiça”, “Eles tão metendo a mão”, “Marchinha do Pixuleco”, “O japonês da Federal”, “Quem tem Cunha tem medo”, “Mandioca pra presidenta” e outras. Isto é o espírito típico do jeitinho brasileiro de comunicar, que se baseia no riso, no deboche, na crítica social, uso de imaginação e fantasia sem limite.
O Carnaval 2016 também surpreendeu os pesquisadores porque voltou para manifestações de rua como em Belo Horizonte (MG) com a explosão de blocos caricatos. Os mineiros mostraram que não são a TFP Família Tradicional Mineira que fica no sofá da sala de estar vendo o Carnaval pela TV. Foram para a rua, criaram dezenas de blocos com temperos diferentes. Teve de tudo: de rock a música indiana, axé, brega e até jazz. A mistura mais sui generis foi do bloco Pena de Pavão de Krishna com ijexá, MPB e mantras.
Historicamente, o Carnaval de rua perdeu força na ditadura militar (1964-1984) quando o povo trocou as ruas pelo conforto do sofá com TV, com medo da repressão. Mas ressuscitou agora com a crise que impediu muita gente de viajar para locais tradicionalmente animados como Bahia, Pernambuco ou Rio de Janeiro. O Carnaval de rua tomou força em Belo Horizonte este ano. É uma nova realidade do Carnaval brasileiro. Minas passa a ter o seu espaço próprio no universo carnavalesco mineiro.
Se formos ver os sambas enredo do passado, encontramos muitas marchinhas que se adaptam à realidade social brasileira. Vejamos, por exemplo: “Máscara Negra” (Tanto riso, tanto alegria, mais de mil palhaços no salão) não ficaria bem na voz do povo brasileiro. E os milhares áulicos sempre elogiando e enredando os poderosos não poderiam cantar em uníssono, o “Cordão dos Puxa Sacos” dando vivas aos seus maiorais. A “Aurora” (Se você fosse sincera) teria na presidente uma intérprete maravilhosa enquanto a turma que está nas tetas do governo estaria muito bem representada no “Mamãe, eu quero” (Mamãe eu quero; Mamãe eu quero; Mamães eu quero mamar; me dá a chupeta) num autêntico “mamanoduto”.
Os trabalhadores, estes, coitados, teriam que cantar o “Falta um zero no meu ordenado” (Trabalho como um louco, mas ganho muito pouco, por isso eu vivo sempre atrapalhado). A turma da Lava Jato, o ex-presidente Lula e outros possuem a sua marchinha-hino, “A água lava tudo” (A água lava lava tudo, a água só não lava a língua desta gente)… Será que a “Máscara da Face” (…deixou cair a máscara da face) não caberia bem na voz do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT).
Claro que os mensaleiros e os engajados nas propinas da Petrobrás também poderiam cantar o velha “Me dá um dinheiro aí” (…não vai dar, não vai dar, você vai ver a grande confusão). E põe confusão nisso, quase acabaram com a Petrobrás. Ainda para Dilma e sobrando mais ainda para Eduardo Cunha a eterna “Daqui não saio “ (…daqui ninguém me tira…). Para os “delatores” a eterna “Se a Lua contasse” (Se a lua contasse tudo que vê de mim e de você muito teria o que contar).
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) cantaria bem o “Nega Maluca” (Tava jogando sinuca, uma nega maluca me apareceu, trazendo um filho no colo, dizendo que o filho era meu) enquanto o ex-presidente Lula seria um bom intérprete para “Laranja Madura” (Você diz que me dá cama e comida, boa vida e dinheiro prá gastar. O que é que há, tanta maldade faz até desconfiar). Senadores e deputados citados ou por citar na Lava Jato poderiam formar um coro e cantar a “Fica quem Pode” (Quero ver quem fica, quero ver quem sai, quero ver quem fica, quero ver quem cai).
Ainda tem outras e a lista poderia ter sido maior.
CULINÁRIA MINEIRA DO CAFÉ
CULINÁRIA MINEIRA DO CAFÉ. Por Sebastião Breguez. Capítulo do livro CAUSOS, CAFÉ E COMPANHIA, SINPRO-MG, BELO HORIZONTE,2006.
CULINÁRIA MINEIRA DO CAFÉ
QUANDO O MINEIRO TOMA CAFÉ, UAI !
Por Sebastião Breguez
Tomar café é um hábito cultural de todo o brasileiro. Afinal somos o maior produtor e exportador do grão para todo o mundo. Este costume já tem mais de três séculos e é bastante conhecido aqui e nos quatros cantos do mundo. Em Minas Gerais, a tradição tem seu próprio ritual. É um hábito que é sinal de sociabilidade, mineiridade e brasilidade. Quando um brasileiro vai ao exterior, todo mundo exclama: Brasil, Pelé, Café, Futebol, Carnaval!!!
Embora ao café não seja originário do Brasil, pois foi trazido da Etiópia (País da África), aqui se desenvolveu. Foi descoberto pelos jesuítas que observaram que as cabras que comiam o grão da fruta café ficavam mais espertas e vistosas. Daí passaram a fazer infusão do café para dar aos escravos que passavam a trabalhar com melhor disposição.
A partir daí, o café foi descoberto como produto fundamental para começar o dia com mais energia e bem estar. O seu cultivo foi introduzido na agricultura com intensidade e ganhou renome. Passou a ser produzido em massa para consumo nacional e exportação. Chegou a ser o principal item de nossa exportação. Fazendas e fazendas do café surgiram e tornaram ricos e prósperos inúmeros proprietários, principalmente, na fase do Brasil República. Ali os barões do café dominavam a cena política e a economia. Tudo girava em torno do precioso grão. Muitos presidentes da República foram eleitos ou depostos pelos barões do café que eternizaram a cena política com a fase da política Café com Leite. Não só os barões como também os coronéis.
A tradição contaminou outros países como a França, onde os Cafés e as Cafeterias tornaram-se ponto de encontro para paqueras, conversas, negócios, artes e centros de decisões políticas e empresariais. Tomar um cafezinho era uma palavra de ordem para discutir, avaliar e decidir alguma coisa. O Brasil herdou da França esta idéia dos cafés e introduziu no Rio Janeiro (então capital do Brasil) as primeiras cafeterias. Elas se transformaram em centros de decisão da história nacional.
O mineiro toma café várias vezes ao dia. Pela manhã, após levantar-se do leito e fazer as primeiras higienes, vamos para a mesa. Ali o café é completo e ricamente preparado e ornamentado. Acompanha leite, frutas, doces, geléias, manteiga, presuntos, queijos, requeijões e uma variedade de pães (pão francês, pão doce, pão de batata, pão de queijo, pão de milho), bolos, broas e biscoitos.
Depois quando chega ao trabalho, há sempre um cafezinho à espera. Lá pelas 9horas, outro intervalo para tomar café e comer alguns biscoitos. No trabalho há sempre um espaço social para este lanche em que o café é item essencial. Quando chega alguém, serve-se de novo o cafezinho. Assim, tomam-se quantos cafés foram necessários para agradar ou receber alguém, iniciar uma conversa de negócio ou amizade. Até mesmo iniciar um namoro ou sedução.
Depois do almoço, sempre há um bom café para tomar. Pois segundo a tradição, o café serve ‘para ajudar na digestão’. Hoje a tradição do café expresso, tipo italiano, já está sendo introduzido no Brasil, principalmente, pelas pessoas que tiveram oportunidade de viajar ao exterior ou morar fora do Brasil por alguns anos. O café expresso torna-se um vício.
Lá pela tardinha, três ou quatro horas da tarde, é hora do encontro do café. Um encontro mais demorado, mais descontraído, mais recheado de guloseimas também. Pois ai vem o pão de queijo, o queijo do Serro ou frescal, manteiga, requeijão, biscoitos, bolos e doces. O intervalo para o cafezinho faz parte do ritual diário do brasileiro seja em casa seja na empresa.
Mais tarde, em vez do jantar, vamos sentar-se à mesa para mais um café requintado. No meio da noite ou antes de dormir, o café requintado acompanhado de guloseimas, é mais uma vez servido como última refeição do dia do mineiro e do brasileiro.
Aqui em Belo Horizonte, a gente tinha um ponto de encontro na Praça Sete, no centro da cidade, nas esquinas das avenidas Amazonas e Afonso Pena. Era o Café Pérola. Ali se encontravam pessoas diversas das mais variadas idades e posições sociais para tomar um cafezinho e prosear um pouco. O ponto de encontro serviu também para as campanhas políticas de vereador, deputado e presidente da República. Todos os candidatos, de Collor a Lula, pararam ali para tomar um cafezinho e cumprimentar as pessoas. Ali o cardápio tem dois itens: um cafezinho e boa prosa. Nada mais, mas já é o bastante para dar resultado.
ALGUMAS ESTÓRIAS/HISTÓRIAS
Vou relacionar aqui alguns causos do café aqui em Minas e também no mundo, nos lugares onde passei em minhas andanças como repórter.
1
Em campanha política, com alguns candidatos, a gente percorria vários pontos da cidade, bairros pobres e bairros ricos. O candidato quando anda pelas ruas e é chamado a entrar em uma casa, recebe logo um cafezinho. ‘Vem cá doutor tomar um cafezinho’. O político não pode negar, tem que aceitar. Ai há vários tipos de cafés: quente, morno, sem doce, amargo, fraco, forte! Tomar o café é sinal de simpatia e adesão ao candidato. Às vezes o café vem com pó, ou está sem doce, o sorriso tem que ser igual senão atrapalha o encontro. Já vi candidatos passarem apertado com a quantidade de café e a qualidade do mesmo. .O café é forte e gostoso nos bairros ricos e fraco e amargo nas favelas.
2
Cada região e cada povo têm sua própria forma de tomar café. O mineiro toma um cafezinho depressa, engole rápido, até queima a língua, conversa e vai embora. O francês toma lentamente o cafezinho, deixa esfriar, e em torno de uma xícara, conversa mais de uma hora. Em Portugal, toma-se uma Bica de Café, é o nome do cafezinho. Em São Paulo, o paulista gosta da média de café (café com leite servido em xícara ou copo grande). No Rio, o carioca, gosta do pingado, o café com leite que pode ser grande ou pequeno. Na Bahia, toma-se café saboreando um acarajé ou comendo um cassetinho (pão de sal). No Nordeste brasileiro, toma-se café com cuscus ou tapioca. Já o grego faz o café e deixa o pó na xícara. Come um pão de bisnaga só com uma xícara. O inglês prefere o chá preto (da Índia), mas toma café em alguns momentos. O irlandês já prefere o café frio, com chantilly e uísque, e demora em tomar, aproveitando para conversar. O hindu toma café com leite e alguns lugares da Índia, como o Cachemira, usa-se o sal e não o açúcar (por causa da altitude, o sal não deixa a pressão cair). O italiano é quem criou o café expresso, uma receita que conquistou o mundo. Usa-se boa quantidade de pó para fazer apenas uma pequena xícara de café. A bebida, assim, fica mais forte.
3
Uma vez em viagem nos Estados Unidos, na Flórida, com minha esposa, ficamos em um hotel em Miami. No primeiro dia o café veio como um primeiro almoço: café, leite, omelete, frutas, sucos, presuntos, salsichas, torradas, croisants, bolos, biscoitos, pães, queijos. No segundo dia, minha esposa quis mudar e pediu um café tropical. O garçom serviu uma xícara de café com leite, uma croissant, um pão com manteiga. Só. Ela tomou um grande susto, pois, pensou que café tropical seria com maior variedade de frutas e sucos de frutas tropicais.
4
A primeira vez que fui à Rússia, em Moscou, ficamos em hotel categoria internacional. O garçom, pela manhã, serviu na mesa o café russo. No cardápio café, leite, pão, omelete, queijo, presunto, salsicha, ovos mexidos, repolho, batata cozida, sucos e frutas diversas. Um verdadeiro almoço. O que chamou a atenção foram a batata cozida e o repolho fatiado e bem temperado. Dá para sustentar bem!
5
Num congresso de Comunicação, em Belo Horizonte, no Hotel Mercure, os congressistas recebem convite para um Café Mineiro às 19hs, em lugar do famoso coquetel de abertura. Todo mundo estranhou. Foi todo mundo em vestido, terno e gravata, para o local do evento. Foi uma surpresa. Na entrada da sala, degustação de cachaça mineira, com torresmo, lingüiça, mandioca frita. Numa mesa, os caldos mineiros: dobradinha, caldo de feijão, caldo de mandioca, canjiquinha, caldo verde. Noutra mesa, bolos, biscoitos, queijos, doces. Noutra feijão tropeiro, costelinha de porco com mandioca, pão de queijo, pastel de angu. Nada de café.
6
Uma vez fomos a Portugal, chegamos a Lisboa e de lá para a casa de amigos. No outro dia, fomos a Sintra, cidade termal perto de Lisboa, onde os reis tinham o palácio de verão. Lá entramos na cafeteria mais conhecida para tomar um cafezinho. Na mesa, escrevemos um cartão postal para enviar a amigos e parentes de Minas Gerais com os seguintes dizeres: “Chegamos a Portugal. Enfrentamos a bicha. Entramos no comboio. Chegamos a Sintra. Entramos na periquita da mulher. Tomamos uma bica e comemos um travesseiro”. Tradução: Chegamos a Portugal, onde tinha fila imensa. Pegamos o trem até Sintra. Fomos tomar café (biquinha de café) no bar Periquita, de conhecida portuguesa. Comemos um pão folhado de amêndoas conhecido como travesseiro. A tradição de tomar cafezinho em Portugal chegou com os brasileiros. Os primeiros expressos em Portugal foram vendidos no café A Brasileira, em Lisboa. Muitos clientes acharam o gosto do produto um tanto amargo. Para contornar o problema, a direção da cafeteria criou um slogan para atrair os clientes: Beba Isso Com Açúcar. A campanha deu certo e a frase ficou tão marcada que o uso das iniciais de cada palavra - bica - passou a ser sinônimo de cafezinho no país.
7
Existem muitas curiosidades mundiais do café. Pois, o café é, ao lado da cerveja, a bebida mais popular do planeta. Apesar da preferência, as suas formas de consumo são tão diversas, que podem fazer com que o consumidor mais desavisado tenha grandes surpresas. Isto se reflete nas variadas receitas de café que encontramos no Brasil e em Minas Gerais em função da variedade da influência cultural. Veja como o café é consumido em alguns lugares do mundo. Na França, ele é bebido juntamente com chicória. Na Áustria, pode-se beber o produto juntamente com figo secos, sendo que em Viena, a capital, é uma tradição o oferecimento de bolos e doces para acompanhar o café com chantilly. Na África e Oriente Médico, acentua-se o sabor do café com algumas especiarias como canela, cardomomo, alho ou gengibre. Na Bélgica, o café é servido com um pequeno pedaço de chocolate, colocado na xícara, que logo se derrete dando outro sabor ao café. Na Itália, a preferência é pelo café expresso servido em xícaras pequenas. Na Grécia, ele é acompanhado por um copo de água gelada. Em Cuba, o café doce e tomado de um só gole. No Sul da Índia, o café é misturado com açúcar e leite e servido com doces. Na Alemanha, em algumas regiões é servido com leite condensado ou chantilly. Na Suíça, adiciona-se ao café um licor, o "kirsch". No México, em muitos lugares, o café é oferecido gratuitamente e pode ser consumido em grandes quantidades. O chamado café americano, como é conhecido no México, é o mais consumido e é uma cópia do que se bebia até poucos anos nos Estados Unidos: aguado e com pouco sabor
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Minha avó materna tinha poderes de fazer previsões e dizia que se podia ver o futuro nas borras de café do coador. É uma santa arte divinatória praticada em Minas Gerais, e conhecida pelo folclore. A leitura da borra é chamada de cafeomancia. Para que esta leitura seja feita, deve-se observar a figura que se formou no fundo da xícara. Hoje, este costume tem uma difusão forte entre alguns grupos isolados, como os ciganos, por exemplo e nas classes populares. No entanto, relatos apontam que a cafeomancia já foi muito mais forte e responsável, inclusive, por algumas decisões de grande vulto na história. Para se iniciar a consulta, deve se esperar que o café esfrie um pouco. O consultante deve começar a tomar lentamente e concentrar-se no que deseja saber. Assim que tiver terminado, a xícara deve ser coberta com um pires e virada de cabeça para baixo com um movimento rápido. Depois, usando a intuição deve-se observar as formas que irão aparecer. Os manuais de cafeomancia dispõem que uma boa leitura depende de dois fatores: o conhecimento do significado das figuras e o local em que elas aparecem na xícara. Se as imagens se formarem à esquerda da asa é sinal de que está sofrendo influência do passado. À direita, significa que está sob influência de fatos futuros; próxima da asa ou da borda, indica que o resultado da sua leitura aparecerá mais rápido; nas laterais, os acontecimentos serão mais para o futuro.
RECEITAS MINEIRAS
BISCOITO MENTIRA
Uma vez, a Comissão Mineira de Folclore resolveu fazer uma reunião, um encontro em forma de confraternização, em cada do folclorista e jornalista Carlos Felipe. Cada um levou um tipo de coisa: biscoitos, bolos, pães diversos, quitandas. O Frei Xico, franciscano holandês, pesquisador de folclore, levou uma novidade: Mentira, um tipo de biscoito, em forma de farrapos (formato irregular), mas muito saboroso. Foi um sucesso. Eis a receita:
INGREDIENTES
- 2 xícaras de chá de açúcar
- 1 xícara de farinha de trigo
- 2 ovos
MODO DE PREPARO
Bater os ovos como para pão de ló, juntando aos poucos o açúcar e a farinha. Pingar numa assadeira untada e polvilhada. Assar em forno quente.
CAFÉ TEMPERADO
Nos dias quentes de verão, nas fazendas mineiras, costuma-se tomar um café diferente à tardinha. Em algumas de minhas andanças aprendi a receita abaixo conhecida como Café Temperado.
INGREDIENTES
-3 xícaras (chá) de café solúvel de boa qualidade, quente e forte, feito com sete colheres (chá)
-2 favas de baunilha abertas ao meio
-4 cravos da Índia
-folhas de hortelã
-4 colheres (sopa) de creme de leite fresco
-gelo moído
-Açúcar a gosto
MODO DE PREPARO
Coloque o café quente sobre a baunilha e os cravos da Índia e deixe descansar por uma hora. Coe o café e adicione o creme de leite. Adoce a gosto. Coloque o gelo moído nos copos altos, acrescente a mistura e sirva com canudos. Decore com folhas de hortelã.
CACHAFÉ
Mineiro, que é da gema mesmo, usa cachaça para dar gosto ao café. É o Cachafé. Usa-me muito nas noites frias das montanhas de Minas. Ajuda a esquentar e passar o frio.
INGREDIENTES
-2 colheres (sopa) de gelo moído
-100 ml de cachaça de boa qualidade
-100 ml de cachaça de boa qualidade
-100 ml de licor de creme
-100 ml de café de boa qualidade, forte e gelado
MODO DE PREPARO
Coloque o gelo em um copo alto e acrescente a cachaça, o licor e o café. Se preferir, acrescente açúcar a gosto e mexa. Sirva com canudo e decore o copo como você preferir.
BOLO DE BANANA COM CAFÉ E CASTANHA PICADA
Cada vovó tem suas receitas que guarda em caderno com muito carinho. Quando quer fazer uma coisa diferente, vai lá no baú, tira o caderno e prepara a receita. Vai ai uma receita diferente de bolo do fundo do baú da mineiridade.
INGREDIENTES
-7 bananas
-3 xícaras de farinha de rosca
-3 xícaras de farinha de rosca
-3 xícaras de açúcar
-5 ovos
-uma xícara de óleo
-uma colher de sopa de café solúvel de boa qualidade
-uma colher (sopa) de fermento
-100g de castanha picada
MODO DE PREPARO
Bata no liquidificador as bananas, os ovos e o óleo. Misture com os demais ingredientes, acrescentando por último o fermento e castanha picada. Leve ao forno (temperatura média) para assar em uma forma untada com manteiga e farinha de rosca por 40 minutos.
JIRAMISSÚ
Variedade e criatividade na cozinha. Este é um traço fundamental da culinária mineira. Ela reflete a influência cultural de vários povos, além do branco português, do negro africano e o índio. Pois aqui em Minas recebemos libaneses, sírios, turcos e outros povos árabes, franceses, espanhóis, alemães, italianos, holandeses, japoneses, chineses, gregos e muito mais. Portanto a nossa cultura é uma mistura de tudo isto. Segue ai uma receita de Jiramissú para saborear no calor do verão.
INGREDIENTES
-6 gemas
-1/2 xícara de chá de açúcar
-1 pitada de sal
-450g de requeijão firme
-2 xícaras de chá de café de boa qualidade, frio e forte
-30 biscoitos champagne com açúcar fino
-1 colher de chá de baunilha
-2 colheres de sopa de licor de cacau
-100g de chocolate meio amargo raspado
MODO DE PREPARO
Bata por 5 minutos as gemas, o açúcar, sal e a baunilha na batedeira. Acrescente o requeijão e bata até ficar cremoso e firme. Reserve. Em um prato fundo coloque o café e o licor, molhando rapidamente parte dos biscoitos nessa mistura. Forre o fundo e as laterais de seis xícaras de chá com biscoitos. Despeje a mistura de queijo e o chocolate ralado. Molhe os biscoitos restantes, arranje-os em pé nas laterais das xícaras e coloque o restante da mistura para firmá-los. Por cima coloque o restante do chocolate. Gele por 4 horas antes de servir.
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