Um duro embate entre a direita e o centro, deixa claro que os franceses não aprovaram muito o governo socialista de François Hollande que não conseguiu acabar com o desemprego e o terrorismo. A décima-primeira eleição presidencial da Quinta República Francesa em 2017 será realizada no primeiro turno em 23 de abril e a 7 de maio em um eventual segundo turno. O presidente eleito recebe um mandato de cinco anos, sucedendo François Hollande.
Marine le Pen, da extrema direita e Emmanuel Macron, centrista
Neste domingo, amanhã, dia 23 de abril, 47 milhões de eleitores franceses vão às urnas para o primeiro turno das eleições presidenciais, dois dias após um ataque extremista em Paris - o terceiro neste ano. Uma eleição marcada pela incerteza de boa parte do eleitorado francês em função da crise econômica, o desemprego, a questão das migrações e o aumento do terrorismo. É a décima-primeira eleição presidencial da Quinta República Francesa. O primeiro turno acontece em 23 de abril e um eventual segundo turno será em 7 de maio. O presidente eleito recebe um mandato de cinco anos, sucedendo François Hollande. Estas eleições serão cruciais para o futuro da UE-união Européia.
Os dois candidatos favoritos são: o centrista Macron lidera com 24% e Marine Le Pen, de ultra-direita, tem 22% das intenções de voto. Pesquisa mostra que 31% ainda estão indecisos. Com o último atendado terrorista, pode ser que os 31% de eleitores indecisos caminhem para voto à direita. Às vésperas da eleição, radicais da esquerda e da direita somam quase metade das intenções de voto ma França.
A última pesquisa divulgada na sexta-feira dia 21 último, destaca o alto nível de indecisão entre os eleitores que afirmam estar seguros de comparecer às urnas, 31% dos quais asseguram que ainda podem mudar de candidato.
Os mais convencidos a esse respeito são os eleitores da candidata da Frente Nacional (FN), que se declaram 85% seguros de votar nela, seguidos pelos eleitores potenciais de Fillon (83%), os de Macron (73%) e os de Mélenchon (67%).
Somente 51% dos que declaram sua intenção de votar em Hamon consideram sua decisão definitiva, uma queda de dez pontos em relação à pesquisa anterior elaborada pela Ipsos.
A pesquisa estima a participação de 73%, a mais baixa durante o primeiro turno das eleições presidenciais desde as realizadas em 2002.
Não está claro se o ataque influenciará a votação. Para a maioria de jornalistas políticos franceses, seria fácil presumir que a candidata da extrema-direta Marine Le Pen poderia se beneficiar nas urnas, já que os principais temas de sua campanha eram segurança, imigração e fundamentalismo islâmico.
Mas os jornalistas opinam que os eleitores mais preocupados com a segurança poderiam tender a votar no experiente político conservador e ex-primeiro-ministro François Fillon.
Até agora, a corrida está bastante apertada. Quatro dos onze candidatos aparecem quase que empatados no topo das pesquisas de intenção de votos: François Fillion, Marine Le Pen, o candidato de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, e o centrista Emmanuel Macron.
A maioria dos afirmam que Macron e Mélenchon podem perder votos por não serem vistos como pesos-pesados nas áreas de política de segurança e imigração.
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