CABOCLO D'ÁGUA, NOVO MITO MINEIRO
CABOCLO D'ÁGUA
ASSUSTA MINEIROS
TV Globo e Bandeirantes mostram cenas de pânico e pavor nas cidades
históricas de Ouro Preto, Mariana, Barra Longa e Diogo Vasconcelos. A população
destas cidades está assustada com aparições do Caboclo d'Água que, segundo
testemunhas, já fez vítimas. Uma Associação de Caçadores de Fantasmas foi
criada para combater o demônio. É mais uma assombração que perturba o sono das
pessoas nessas regiões.
Por Sebastião Breguez
Aparições do lendário Caboclo
d'Água nas cidades de Mariana, Ouro Preto, Barra Longa e Diogo
Vasconcelos está trazendo medo e pavor nos moradores. Tudo começou em junho
último quando um rapaz foi nadar no rio que corta a região e foi atacado por um
bicho estranho. Outras aparições aconteceram e o fato virou matéria nas Tvs
Globo e Bandeirantes.
A divulgação da aparição do Caboclo
d’Água está assustando a população da região de Barra Longa,
Mariana e Ouro Preto, ambas localizadas no interior de Minas Gerais. Barra
Longa, localizada a aproximadamente 172 quilômetros da capital Belo Horizonte,
com um pouco mais de 6.000 habitantes e cortada pelo Rio Gualacho, se tornou o
local de referência da aparição do tão falado Caboclo d’Água.
De acordo com o relato das diversas
pessoas que asseguram terem visto o bicho, o Caboclo d’Água é uma mistura de
pássaro, galinha, macaco e lagartixa, inclusive, já foi feito até um RETRATO
FALADO que já circula por toda a região. Aqui o demônio das águas doces aparece
com formas diferentes do que é falado no rio São Francisco e em outras regiões
do Brasil, como na Amazônia e Pará.
O assunto tem tido tanta repercussão
que a “Associação dos caçadores de fantasmas” da região, está oferecendo uma
recompensa no valor de R$ 10.000,00(dez mil reais) para a pessoa que conseguir
uma foto do assustador e aterrorizante Caboclo d’Água.
A “Associação dos caçadores de
fantasmas” da região foi fundada a mais ou menos 1 ano e meio pelo Professor
Milton Brigolini. A associação, composta por diversas pessoas, visa investigar
os diversos relatos de aparições de criaturas estranhas em toda a região de
Mariana, Ouro Preto, Barra Longa e adjacências. Diversos locais da aparição do
Caboclo d’Água já foram mapeados pela “Associação dos caçadores de fantasmas”
que estão usando diversos aparelhos para tentar localizá-lo, dentre eles:
armadilhas, rádios, câmeras, lazer, e até GPS. A associação se reúne
regularmente e os encontros são secretos para não chamar a atenção das
assombrações.
O Caboclo d'Água é um ser mitológico que ficou conhecido nas cidades que são banhadas pelo Rio São Francisco. Naquela região, desde o início do processo de navegação, os barcos eram protegidos pela Carranca que são colocadas na proa do barco e também na parte traseira. A Carranca evita que a embarcação seja atacada pelo Caboclo d'Água ou outros demônios das águas.
Na verdade, o Caboclo d'Água é um
ferrenho defensor do Rio São Francisco, que assombra os pescadores e
navegantes, chegando mesmo a virar e afundar embarcações. Para esconjurá-lo, os
marujos do São Francisco fazem esculpir, à proa de seus barcos, figuras de
amuletos para pedir proteção e evitar ataques dos monstros e demônios das águas
doces. Outros lançam fumo nas águas para acalmá-lo. Também são cravadas facas
no fundo de canoas, por haver a crença de que o aço afugenta manifestações de
seres sobrenaturais.
Os nativos o descrevem como sendo um
ser troncudo e musculoso, de pele cor de bronze e um único, grande olho na
testa. Apesar de seu tipo físico, o Caboclo d'Água consegue se locomover
rapidamente. Apesar de poder viver fora da água, o Caboclo d'Água nunca se
afasta das margens do rio São Francisco.
Quando não gosta de um pescador, ele
afugenta os peixes para longe da rede, mas, se o pescador lhe faz um agrado,
ele o ajuda para que a pesca seja farta. Há relatos de que ele também pode
aparecer sob a forma de outros animais. Um pescador conta ter visto um animal
morto boiando no rio; ao se aproximar com a canoa, notou que se tratava de um
cavalo, mas, ao tentar se aproximar, para ver a marca e comunicar o fato ao
dono, o animal rapidamente afundou. Em seguida, o barco começou a se mexer. Ao
virar-se para o lado, notou o Caboclo d'Água agarrado à beirada, tentando virar
o barco. Então o pescador, lembrando-se de que trazia fumo em sua sacola,
atirou-o às águas, e o Caboclo d'Água saiu dando cambalhotas, mergulhando
rio-abaixo
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