sexta-feira, 5 de maio de 2017

HISTORIA DA FEIJOADA. ORIGEM COM OS JUDEUS

HISTÓRIA DA FEIJOADA
A origem da Feijoada está com os hebreus. Eles tem muitos créditos na historia da alimentação. É o povo que começou a cozinhar legumes na água com pedaços de carnes. Só que era feijão branco com carnes de ovelha, cabrito ou frango. O feijão já era conhecido no Egito e os hebreus foram escravos lá, onde conheceram o feijão. A Feijoada Brasileira, com feijão preto e carne de porco, é típica nossa. É também chamada de Feijoada Afro-Brasileira. O feijão preto é de origem sul-americana e os índios usavam ele na sua culinária. Os escravos negros aprenderam a usar o feijao preto com os índios.
Sebastião Breguez


Uma das comidas mais populares do Brasil é, sem dúvida, a Feijoada Brasileira (ou feijoada afro-brasileira). Apreciada do Sul ao Norte do país, os brasileiros, pelo menos uma vez por semana, comem feijoada, um prato que está presente em cardápios de todo o brasil e até no exterior. Há pequenas variações de região para outra. Mas basicamente é um prato com feijão preto cozido com carne-seca, paio, lombo, costela, pé, orelha e rabo de porco. No acompanhamento tem arroz, couve, laranja e torresmo. A expressão Feijoada foi usada pela primeira vez no Rio de Janeiro.
Todo mundo diz que a feijoada nasceu na Senzala com o uso do feijão preto e as partes do porco que o senhor na Casa Grande não gostava. Mas não é bem assim.

A feijoada, enquanto prato de feijão cozido com carnes e legumes, não é de origem brasileira. Foi trazida pelos portugueses. O uso de feijão cozido na alimentação já vem desde o Egito e os hebreus. Só que eles usavam o feijão branco. Na Europa, temos vários pratos tipo feijoada com feijão branco ou fradinho como na França o Cassoulet. Em Portugal, o tradicional cozido de feijão branco, o Casoeula na Itália e o Puchero na Espanha. São os portugueses os responsáveis por trazer ao Brasil, a técnica e a combinação do cozido com carnes, que com o passar do tempo, e evolução dos costumes, foi acrescentado o feijão preto, criando assim a Feijoada. O Feijão preto é de origem sul-americana, e era parte da dieta dos índios nativos.
A história da feijoada – se quisermos também apreciar seu sentido histórico – nos leva primeiro à história do feijão. O feijão-preto, aquele da feijoada tradicional, é de origem sul-americana. Os cronistas dos primeiros anos de colonização já mencionam a iguaria na dieta indígena, chamado por grupos guaranis ora comanda, ora comaná, ora cumaná, já identificando algumas variações e subespécies.



O viajante francês Jean de Léry e o cronista português Pero de Magalhães Gândavo, ainda no século XVI, descreveram o feijão, assim como o seu uso pelos nativos do Brasil. A segunda edição da famosa Historia Naturalis Brasiliae, do holandês Willen Piso, revista e aumentada em 1658, tem um capítulo inteiro dedicado à nobre semente do feijoeiro.
O nome pelo qual o chamamos, porém, é português. Na época da chegada dos europeus à América, no início da Idade Moderna, outras variedades desse vegetal já eram conhecidas no Velho Mundo, aparecendo a palavra feijão escrita pela primeira vez, em Portugal, no século XIII (ou seja, cerca de trezentos anos antes do Descobrimento do Brasil).
Apenas a partir de meados do século XVI, começou-se a introduzir outras variedades de feijão na colônia, algumas africanas, mas também o feijão consumido em Portugal, conhecido como feijão-fradinho (de cor creme, ainda hoje muito popular no Brasil, utilizado em saladas e como massa para outros pratos, a exemplo do também famoso acarajé). Os cronistas do período compararam as variedades nativas com as trazidas da Europa e África, e foram categóricos, acompanhando a opinião do português Gabriel Soares de Souza, expressa em 1587: o feijão do Brasil, o preto, era o mais saboroso. Caiu no gosto dos portugueses.
RECEITA DE FEIJOADA
INGREDIENTES
• 1 kg de feijão preto
• 1 kg de linguiças: calabresa defumada, paio e portuguesa
• 250 g de lombo defumado
• 1 orelha de porco dessalgada
• 1 pé de porco dessalgado
• 1 rabo de porco dessalgado
• 1 língua de porco dessalgada
• 250 g de costelinha de porco dessalgada
• 250 g de carne seca dessalgada e cortada em cubos
• 100 ml de óleo de soja
• 1 cebola média picada
• 5 dentes de alho picado

MODO DE PREPARO
Em uma panela de pressão colocar o feijão preto lavado, a orelha, o pé, o rabo e o lombo defumado. Acrescentar água. Fechar a pressão e, assim que começar a apitar, contar cinco minutos. Depois desses cinco minutos, retirar a pressão, abrir a panela e transferir para uma panela maior. Acrescentar água quente, três dedos acima do feijão. Juntar as linguiças, as costelinhas e a carne seca. Deixar ferver e acrescentar água sempre que necessário, até que os grãos de feijão estejam macios, porém ainda firmes e inteiros.
Em uma frigideira colocar óleo de soja, acrescentar a cebola picada e deixar que ela fique transparente. Juntar o alho picado e refogar bem. Adicionar na frigideira do refogado uma concha do feijão e misturar. Levar tudo novamente para a panela do feijão. Retirar as linguiças e os pertences e fatiá-los. Outra vez, voltar tudo para a panela, misturar bem e deixar apurar até que fique com um caldo levemente grosso e brilhante.
Para que o feijão fique untuoso é imprescindível que partes como língua, rabo e orelha sejam cozidas junto. No entanto, uma opção para quem não aprecia é separar essas carnes depois do cozimento e servir em uma panela à parte.

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