terça-feira, 31 de outubro de 2017

PIZZA FRANCESA OU TARTE FLAMBÉE

PIZZA FRANCESA OU TARTE FLAMBÉE

Por SEBASTIÃO BREGUEZ


Todo mundo sabe que pizza é de origem italiana. Mas a França também uma versão típica da massa. A Tarte Flambée, ou “torta cozida nas flamas", é uma tradicional receita da região da Alsácia, Nordeste da França, na fronteira com a Alemanha.  Também conhecida por ser uma espécie de versão francesa da pizza, o prato tem massa bem fina e recheio simples, de queijo, cebola e bacon.




Morei na Alsácia, França Germânica, na capital, Estrasburgo, de 1980 a 1990. Fui para estudar, fazer um doutorado com o professor Abrahan Moles e acabei ficando mais tempo como jornalista. Foi ai que comecei a conhecer e apreciar a gastronomia regional como a Tarte Flambée, a pizza francesa que eles adoram comer com cerveja ou vinho branco Sylvaner. Claro, é um belo prato para as tardes ou noites de verão. No inverno, servem pratos quentes como o Chucrute Alsaciano ou o Galo ao Vinho Branco (Coq au Vin).

A origem da Tarte Flambée é da idade medieval. Os povos desta região, de origem germânicos, trabalhavam e moravam na área rural, nas fazendas. Faziam pão uma vez por semana. A massa que sobrava era usada para fazer a Tarte Flambée. Faziam uma camada fina de massa de pão e colocavam como recheio queijo, cebola cortada em pedaços finos e bacon também fatias finas. Colocavam no forno cheio de brasas ardentes e em poucos segundos esta pronto. Uma massa, tipo pizza, porem, fina e crocante. Uma delícia de prato.



A Tarte Flambée é encontrada em quatro versões nos restaurantes:



1. Gratinée: com queijo gruyère adicionado;



2. Forestière: com cogumelos adicionados;



3. Munster: com o queijo de munster adicionado;



4. Doce: versão de sobremesa com maçãs, canela e flambé com Licor Calvados ou outro licor doce.



Modo de Preparo da Tarte Flambée:



Ingredientes para a massa:



250g de farinha de trigo



50ml de óleo vegetal



1 colher rasa de café de sal



150ml de água morna



Ingredientes para cobertura:



1 cebola grande



40g de manteiga



250g de bacon



100g de queijo emmenthal ralado



250g de farinha de trigo



5cl de óleo vegetal



1 colher rasa de café de sal



150ml de água morna



200g de creme de leite azedo



5g de pimenta-do-reino



5g de sal



5g de noz-moscada moída



Modo de preparo:



1- Numa vasilha, misture a farinha com a água, sal e óleo;



2- Mexa muito bem com as mãos, sovando a massa;



3- Cubra a massa com um pano e a deixe massa descansar à temperatura ambiente por uma hora, cobrindo com um pano;



4- Separe a massa em duas partes iguais e faça duas bolas com cada metade;



5- Unte uma mesa com farinha. Abra a massa, formatando um retângulo;



6- Disponha depois sobre uma lâmina de papel-alumínio;



7- Coloque a manteiga numa frigideira e doure as cebolas;



8- Em outra frigideira, junte a manteiga e doure o bacon em cubinhos em fogo médio



9- Espalhe o creme de leite temperado sobre a massa com uma colher, deixando a distância de um dedo da borda;



10- Acrescente a cebola, o bacon e o queijo ralado sobre o creme;



11- Coloque no forno quente por dez minutos;



12- Corte os retângulos e sirva.


















FELIZ DIA DO SACI PERERÊ

FELIZ DIA DO SACI PERERÊ

Por SEBASTIÃO BREGUEZ




Hoje, dia 31 de outubro, é dia do Saci Pererê. A data homenageia o Saci-Pererê, (mesma data Dia das Bruxas - Halloween) o Saci é a figura mitológica típica do imaginário brasileiro

O Dia do Saci Perere é comemorado em 31 de outubro. Ele consta do projeto de lei federal nº 2.762, de 2003 (apensado ao projeto de lei federal nº 2.479, de 2003), elaborado pelo então líder da camara do governo Aldo Rebelo (PCdoB - SP) e Ângela Guadagnin (PT - SP) com o objetivo de resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Dia das Bruxas, ou "Halloween", da tradição cultural dos Estados Unidos da América.

Saci (ou mais especificamente Saci-pererê, Saci-saçurá ou Saci-trique) é uma personagem bastante conhecida do folclore brasileiro, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região das Missões, no Sul do país, por onde se espalhou em sua quase totalidade.

O Saci é um mito típico brasileiro que tem origem nos índios que são os habitantes naturais destas terras apossados pelos portugueses em 1500. Está relacionado com a floresta, a vida natural, a beleza e a preservação do meio ambiente. Ele uma figurinha buliçosa que tem sua origem nas lendas dos povos originários, como guardião das generosas florestas que garantiam a vida plena das gentes. Na verdade, é um demônio das florestas, uma espécie de Exu nativo que toma conta da natureza e vela por sua preservação.

Com o processo da colonização e a vinda do africano, como força de trabalho, no período colonial, o menino guardião foi agregando novos contornos. Ficou negro, perdeu uma perna e ganhou um barrete vermelho na cabeça, símbolo da liberdade. Leva na boca um cachimbo (o petyngua), muito usado pelos mais velhos nas comunidades indígenas. Sua missão no mundo é brincar, ideia muito próxima do mito fundador de quase todas as etnias de que o mundo é um grande jardim. Ele protege as florestas e meio ambiente contra a invasão e a degradação.

O 31 de outubro, assim, foi instituído DIA NACIONAL DO SACI com o objetivo de reviver as lendas e mitos do povo brasileiro. Com atividades nas ruas, as gentes discutem a necessidade da libertação -coisa própria do Saci – das práticas culturais colonizadas. Ao trazer para o conhecimento público figuras como o Saci, o Caipora, o Boitatá, o Curupira, a Mula Sem Cabeça, todos personagens do imaginário popular, busca-se, na brincadeira que é próprias destes personagens mitológicos, incutir um sentimento nacional, de brasilidade, de reverência pela cultura autóctone. Não como sectária diferença, mas como afirmação das nossas raízes.

Em Florianópolis, quem iniciou esta ideia foi o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, que decidiu instituir o 31 de outubro como o Dia do Saci e seus amigos. Assim, neste dia, durante vários anos, os mitos da nossa gente invadiam as ruas, não para pedir guloseimas, mas para celebrar a vida. Tendo como personagem principal o Saci, o sindicato discutia a necessidade de valorizarmos aquilo que é nosso, que tem raiz encravada nas origens do nosso povo. Mas, agora, sob outra direção, que não conspira com estas idéias de nacionalismo cultural, o Saci não vai sair com a pompa usual.

Mas, não tem problema, porque ainda assim, prenunciando seu dia, por toda a cidade, se ouvirão os loucos estalos nos pés de bambu. É porque dali saem, às carreiras, todos os Sacis que estavam dormindo, esperando a hora de brincar com as gentes. Redemoinhos, ventanias, correrias e muito riso. Isso é o Saci, moleque danado, guardião da floresta, protetor da natureza. Ele vem, com seus amigos, encantar o povo, fazer com que percebam que é preciso cuidar da nossa grande casa. Não virá pela mão do Sintufsc, mas pelo coração dos homens, mulheres e crianças que estão sempre em luta contra as maldades do mundo. O Saci é protetor da natureza e vai se unir a todos nós, os que batalham contra os vilões do amor. Ah Saci, eu vou te esperar… Que venhas com o vento sul…