segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

CONVITE LANÇAMENTO LIVRO

CONVITE LANÇAMENTO LIVRO




ALUZ LANÇA LIVRO SOBRE MEIO AMBIENTE

A ALUZ-Academia Luziense de Letras de Santa Luzia na Grande-Beagá está lançando a sua segunda coletânea de livros com o título O MEIO AMBIENTE AOS OLHOS D’ALUZ. São poesias, ensaios e contos sobre questões ambientais. O livro tem participação de 20 escritores.
O lançamento será no dia 17 de dezembro próximo, às 18hs, no auditório do CREA-SANTA LUZIA, na Avenida Getúlio Vargas, 61, bairro São João Batista, Santa Luzia, MG.
A coletânea é a segunda produzida pela ALUZ. A primeira foi lançada no ano passado, em dezembro, com o título Sagrado e Profano.
O Meio Ambiente aos Olhos d’ALUZ traz sinais de alerta para aqueles que perderam a sensibilidade e o respeito pelo meio ambiente, a vida animal, vegetal e os elementos básicos da vida: água, terra, ar e fogo.
É um livro rico de expressões literárias variadas, vocabulário, reflexões e ilustrações de fundo ecológico. É um trabalho de pesquisa e criatividade de escritores comprometidos com a vida no Planeta. E chega em momento oportuno em que a natureza agonizante está produzindo fortes tempestades que provocam enchentes com muita destruição, sofrimento e morte.
A mensagem que os escritores fazem é um alerta para o futuro da vida no nosso planeta. Se a ação do homem continuar a destruir a natureza, as consequências serão nefastas para ele mesmo e para nossa sobrevivência na Terra.
SERVIÇO
O MEIO AMBIENTE AOS OLHOS D’ALUZ
Escritores da ALUZ-Academia Lusiense de Letras e convidados
Santa Luzia, MG, 2017
Editora ALUZ.
MAIORES INFORMAÇÕES:
Jornalista Sebastião Breguez (Mtb 2262),
Tel: (31) 98877-5565
Email: breguez@uai.com.br

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

HISTORIA DO NATAL

HISTÓRIA DO NATAL

Sebastião Breguez




O mês de dezembro é o mês de Natal. Tudo gira em torno da festa do dia 25. As pessoas, as igrejas,o comércio,  as empresas, a sociedade inteira se preparam para os festejos natalinos. Marcam encontros, compram presentes, organizam comemorações . O Natal é uma festa cristã de confraternização que acontece em todo o mundo e em todas as religiões. Mesmo povos em guerra, param de lutar e com sorriso no rosto e esperança de um mundo melhor, vão comemorar o amor que inspira o 25 de dezembro. Cada povo e cada cultura, entretanto, tem sua própria forma de organizar a festa.


O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a dia do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV, que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o solstício de inverno, que coincide com várias festas religiosas de antigas civilizações. Simbolicamente significa o nascimento do Sol interior e, portanto, do Cristo interior. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Nazaré e entregarem os presentes ao Menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam desmontar as árvores e outras decorações natalinas em até 12 dias após o Natal. Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano um da nossa História.


Árvore de Natal e o Presépio

Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois além de decorar, representam um símbolo de alegria, paz e esperança.

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do Menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII.



Papai Noel: origem e tradição

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um gorro vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.


domingo, 3 de dezembro de 2017

HÁBITOS DE LEITURA NO BRASIL

HÁBITOS DE LEITURA NO BRASIL

Sebastião Breguez


O livro no Brasil é um objeto de consumo da elite. Os estudos mostram que 74% da população nunca comprou um livro e 30% dos entrevistados de recente pesquisa declara que nunca leu uma obra. Mudar este quadro não é tarefa a curto prazo. Depende de ações governamentais (municipais, estaduais, federais), de atuação da sociedade civil e suas instituições populares para cobrar e exigir do governo a implementação de uma política pública para o setor e de um trabalho de motivação nas escolas para incentivar a leitura como algo agradável e útil. Também é importante o trabalho de Ongs que  lutam pela democratização do livro como objeto popular de consumo e criam bibliotecas comunitárias.






O Brasil é um país com mais de 207 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Mas o índice de leitura de livros e jornais ainda é bem pequeno. Um livro novo tem tiragem de cinco mil exemplares para um autor conhecido e menos de mil exemplares para autor pouco conhecido do público. Cinco mil ou mil exemplares é muito pouco para uma população de 200 milhões de pessoas. O mesmo acontece com os jornais. Em 1990, a FOLHA DE S.PAULO era o jornal mais lido no Brasil com tiragem aos domingos de um milhão de exemplares. Hoje a FOLHA tem tiragem de 300 mil exemplares. O índice de leitor diminuiu, em vez de crescer.

Alguns dizem que a cultura digital vai acabar com a cultura impressa. Se olharmos, por exemplo, o Japão, país da Ásia, hoje tem um desenvolvimento fantástico do mundo virtual, mas o índice de leitura de jornais e livros é um dos maiores do mundo. O que mostra que o virtual não extermina o analógico (no nosso caso o impresso). Assim, a realidade mostra que a leitura do impresso é hábito cultural e, portanto, não vai acabar como afirmam os apocalíticos. 

Na Rússia, antiga União Soviética, o índice de leitura é alto. Mas os livros são produzidos com material inferior (papel mais barato e arte simples) para permitir um preço acessível para a maioria da população. Isto mostra que as editoras têm uma preocupação com o social e não com o lucro (mercadológica). O que não é caso do Brasil o onde o livro é trabalhado como produto de luxo: papel mais caro, muitas ilustrações coloridas e capa luxuosa para chamar a atenção do leitor. Também em Cuba, a preocupação dos produtores de livros é com o social e não com o lucro. 

Mas a questão da leitura no Brasil é histórica. O brasileiro não tem tradição de ler livro e nem é costume enraizado na cultura nacional.Descoberto em 1500, começou a colonização alguns anos depois,em 1530. Os jesuítas trouxeram gráficas para imprimir a Bíblia e cartilhas de evangelização, principalmente dos índios. Mas o Marquês de Pombal (1759) determina a expulsão dos jesuítas e manda destruir suas máquinas impressoras. 

No Brasil Colonial, o livro circulou clandestino. Somente quem teve oportunidade de estudar no exterior (Portugal ou outros países)tinham livros importados. Padres e eclesiásticos tinham suas bibliotecas, pois a igreja precisava da Bíblia e livros cristãos para seu trabalho de evangelização. Os revolucionários da Inconfidência Mineira de 1789 tinham livros do iluminismo francês como mostra o mineiro Eduardo Freiro em O Diabo na Livraria do Cônego, uma análise da biblioteca do cônego Luís Vieira da Silva, implicado na Inconfidência Mineira de 1789. Também fala-se de livreiros em Vila Rica (hoje Ouro Preto). O livro circulava na elite como objeto clandestino.

Com a vinda de D. João VI para o Brasil, ele trouxe a imprensa régia, com sua gráfica, para imprimir documentos oficiais e também o jornal oficial do rei. Napoleão Bonaparte invadiu Portugal, que sempre foi aliado da Inglaterra. O Rei para não ser preso, foge para o Brasil onde instala a sede do reinado de Portugal na cidade do Rio Janeiro. Com o ele vieram os eclesiásticos, os nobres e toda família real. Transformada, de repente, da noite para o dia, em capital do mundo lusitano, o Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização e modernização de sua infraestrutura. Muda-se o cenário urbano com nova arquitetura e equipamentos socioculturais básicos como jardim botânico, hospital, teatro, museu, opera, biblioteca, áreas de lazer, sistema de abastecimento de água e esgoto.

D. João cria o primeiro jornal editado no Brasil. Ele manda o Frei Tibúrcio José da Rocha editar o jornal A GAZETA que circulava duas vezes por semana. D. João transforma o cenário urbano do Rio de Janeiro, constrói o Teatro Municipal, o Jardim Botânico e a Biblioteca Nacional.  A partir daí o país recebe livros e passa a editar livros e incentivar a leitura no Brasil. O panorama cultural muda e o livro circula como mercadoria. A Colonização do Brasil, efetivamente, começa em 1808. Pois de 1500 a 1808, o país foi apenas uma espécie de quintal de Portugal que buscava aqui matérias primas, pedras preciosas e ouro. Nada mais. Não havia ações para o desenvolvimento do país.

A abertura dos portos revolucionou o comércio e as comunicações, foi uma abertura do Brasil para o Mundo, permitiu que cientistas, escritores, cronistas viajantes, jornalistas e comerciantes viessem ao Brasil. Cada um trouxe sua contribuição. Os livreiros também vieram para comercializar seu produto, o livro. Claro, para a elite alfabetizada que podia ler.

De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida em março de 2016 pelo Instituto Pró-Livro, mais da metade da população brasileira se considera leitora, porém apenas 4,96 livros são lidos por ano. Deste total, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes.

Lê-se mais em casa (81%), depois na sala de aula (25%), biblioteca (19%), trabalho (15%), transporte (11%), consultório e salão de beleza (8%) e em outros lugares menos expressivos. E lê-se mais livros digitais em cyber cafés e lan houses (42%) e no transporte (25%).

Aos não leitores, foi perguntado quais foram as razões para eles não terem lido nenhum livro inteiro ou em partes nos três meses anteriores à pesquisa. As respostas: falta de tempo (32%), não gosta de ler (28%), não tem paciência para ler (13%), prefere outras atividades (10%), dificuldades para ler (9%), sente-se muito cansado para ler (4%), não há bibliotecas por perto (2%), acha o preço de livro caro (2%), tem dinheiro para comprar (2%), não tem local onde comprar onde mora (1%), não tem um lugar apropriado para ler (1%), não tem acesso permanente à internet (1%), não sabe ler (20%), não sabe/não respondeu (1%).

A leitura ficou em 10º lugar quando o assunto é o que gosta de fazer no tempo livre. Perdeu para assistir televisão (73%), que, vale dizer, perdeu importância quando olhamos os outros anos da pesquisa: 2007 (77%) e 2011 (85%). Em segundo lugar, a preferência é por ouvir música (60%). Depois aparecem usar a internet (47%), reunir-se com amigos ou família ou sair com amigos (45%), assistir vídeos ou filmes em casa (44%), usar WhatsApp (43%), escrever (40%), usar Facebook, Twitter ou Instagram (35%), ler jornais, revistas ou noticias (24%), ler livros em papel ou livros digitais (24%) – mesmo índice de praticar esporte. Perdem para a leitura de um livro: desenhar, pintar, fazer artesanato ou trabalhos manuais (15%), ir a bares, restaurantes ou shows (14%), jogar games ou videogames (12%), ir ao cinema, teatro, concertos, museus ou exposições (6%), não fazer nada, descansar ou dormir (15%).

A principal forma de acesso ao livro é a compra em livraria física ou internet (43%). Depois aparecem presenteados (23%), emprestados de amigos e familiares (21%), emprestados de bibliotecas de escolas (18%), distribuídos pelo governo ou pelas escolas (9%), baixados da internet (9%), emprestados por bibliotecas públicas ou comunitárias (7%), emprestados em outros locais (5%), fotocopiados, xerocados ou digitalizados (5%), não sabe/não respondeu (7%).

A livraria física é o local preferido dos entrevistados para comprar livros (44%), seguida por bancas de jornal e revista (19%), livrarias online (15%), igrejas e outros espaços religiosos (9%), sebos (8%), escola (7%), supermercados ou lojas de departamentos (7%), bienais ou feiras de livros (6%), na rua, com vendedores ambulantes (5%), outros sites da internet (4%), em casa ou no local de trabalho, com vendedores “porta a porta” (3%), outros locais (6%) e não sabe/não respondeu (7%). O preço é o que define o local da compra para 42% dos entrevistados. Na pesquisa anterior, isso valia para 49%.



A pesquisa considera que é leitor quem leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses. No entanto, os estudos mostram que 74% da população nunca comprou um livro e 30% dos entrevistados nunca leram uma obra.

Entre as principais motivações para a leitura estão gosto (25%), atualização cultural (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%), atualização profissional ou exigência do trabalho (7%).

A Bíblia é o livro mais lido em qualquer grau de escolaridade. Outros títulos que foram citados como mais recorrentes foram: A Culpa É Das Estrelas, A Cabana, O Pequeno Príncipe, Cinquenta Tons de Cinza, Diário de um Banana, Crepúsculo, Harry Potter e Dom Casmurro.

Apesar de tudo, o número de leitores de livros no Brasil tem evoluído, mas muito lentamente. Se em 2011 eles representavam 50% da população, em 2015 eles são 56%. Mas ainda é pouco. O índice de leitura, apesar de ligeira melhora, indica que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano – desses, 0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos por vontade própria. Do total de livros lidos, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes. A média anterior era de 4 livros lidos por ano.


A pesquisa perguntou a professores qual tinha sido o último livro que leram e 50% respondeu nenhum e 22%, a Bíblia. Outros títulos citados: Esperança, O Monge e o Executivo, Amor nos tempos do cólera, Bom dia Espírito Santo, Livro dos sonhos, Menino brilhante, O símbolo perdido, Nosso lar, Nunca desista dos seus sonhos e Fisiologia do exercício. Entre os 7 autores mais lembrados, Augusto Cury, Chico Xavier, Gabriel Garcia Márquez, Paulo Freire, Benny Hinn, Ernest W. Maglischo e Içami Tiba.